Lembremo-nos primeiro das banalidades: qualquer bem tem um Custo e um Benefício, as organizações, o trabalho das pessoas existem para fornecer em primeiro lugar e depois serem compensados (em primeiro ou em segundo lugar). As compensações são feitas conforme o meios acordados entre as partes, liquidez (troca indirecta), fungibilidade (troca directa entre bens da mesma espécie), etc. Há bens que por terem um benefício individual inferior ao seu custo, não podem ser "do it yourself", então surgem organizações colectivas, ou privadas para os fornecer. Tantas vezes pode surgir nas cabeças de toda a gente a questão sobre o que um banco, estado fornece, ou empresas de serviços (em que só vemos os custos do utilizador final e muito menos os seus benefícios), isto acontece porque ou mentimos, ou não sabemos ou nem temos como saber como entender.
Como em tudo, nada é absoluto, tudo é relativo, isto é, em último caso só podemos falar de preferências, por exemplo: há quem sacrifique algo hoje , a troco de algo mais no futuro multiplicando o sacrifício por uma constante multiplicativa; há quem prefira diamantes a água tendo em conta a posição das quantidades totais consumidas de ambos os bens; etc. Ora não podemos ir buscar por um aparelho, a causa última das coisas da economia, mas conhecemos antecipadamente as estratégias das pessoas ditas racionais. E é tendo em conta essas expectativas que é feita a ciência económica.
Mas o que é que acontece quando as expectativas de preferência temporal mudam? Uma parte da economia tem de andar atrelada à outra parte, isto é, só podemos andar para a frente se tivermos lucros retidos, como se de investimento orgânico se tratasse? Já o disse lá atrás noutro post "a boa vai ela dos capitalistas" não é melhor conselheira do que a marreta da socialização do investimento: por exemplo, há quem peça 200% de juro para gastar tempo a estudar e há quem peça 10% de juro para estudar, imaginem só o que era todos andarmos atrelados aos dos 200%, que só vêem riscos, inutilidades, nessa actividade. Mas mesmo em lados contrários da mesma barricada (economia planeada), também pouco, ou nada pode ser feito, para alterar as forças das coisas como a precaução dos investidores antecipando-se em relação à precaução no futuro das organizações de financiamento (situação de buraco de liquidez); da impulsividade, a ganância dos empreendedores (muitos deles do dinheiro faz dinheiro) tomar a dianteira em relação à precaução da actualidade das organizações referidas anteriormente (com funções cumpridas apenas nos seus textos de boas intenções).
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Um mal nunca vem só.
Estamos embaraçados entre o mau selvagem do "cette état est de moi" e a impossibilidade de mudar aquilo a que todos ajudámos ponderadamente, para não dizer como outro francês, português, etc, de que para haver bem tem de haver mal (que o que veio à rede da vida, não pode ser mudado politicamente).
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