quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Powerlessness
Por algum vácuo temos de começar a mentir...
Nothing is built on stone; all is built in sand. But we must
build as if the sand were stone.
—Jorge Luis Borges
Inclusive a MEGALOMANIA do efeito Borboleta, ou da NEGAÇÃO das regras elementares...
O que foi é o que será: o que acontece é o que há de acontecer. Não há nada de novo debaixo do sol.
O coração do insensato é como as rodas de um carro, e o seu pensamento é semelhante a um eixo que gira.
Nothing is built on stone; all is built in sand. But we must
build as if the sand were stone.
—Jorge Luis Borges
Inclusive a MEGALOMANIA do efeito Borboleta, ou da NEGAÇÃO das regras elementares...
O que foi é o que será: o que acontece é o que há de acontecer. Não há nada de novo debaixo do sol.
O coração do insensato é como as rodas de um carro, e o seu pensamento é semelhante a um eixo que gira.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Identidade e Dialéctica
Put in your mouth where is your thinking, dreams and practice.
Solipsism vs Self-aggrandizement
A liberdade é querer estar só, independente, autónomo de tudo o resto; o amor é cansar-me de estar só; a memória é o cansaço da criação.
A natureza tem horror à solidão no espaço-tempo.
Pensar é estar preso aos detalhes.
A acção é nome de verbo.
O que na natureza não se pode sentir, o homem cria.
O governo do mundo começa em nós mesmos. Não são os sinceros que governam o mundo, mas também não são os insinceros. São os que fabricam em si uma sinceridade real por meios artificiais e automáticos; essa sinceridade constitui a sua força, e é ela que irradia para a sinceridade menos falsa dos outros. Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista. Só aos poetas e aos filósofos compete a visão prática do mundo, porque só a esses é dado não ter ilusões. Ver claro é não agir. Uma opinião é uma grosseria, mesmo quando não é sincera. Toda a sinceridade é uma intolerância. Não há liberais sinceros. De resto, não há liberais.
A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. A maioria da gente é outra gente, disse Oscar Wilde, e disse bem. Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros, ainda, se perdem.
O orgulho é a certeza emotiva da grandeza própria. A vaidade é a certeza emotiva de que os outros vêem em nós, ou nos atribuem, tal grandeza. Os dois sentimentos nem necessariamente se conjugam, nem por natureza se opõem. São diferentes porém conjugáveis. O orgulho, quando existe só, sem acrescentamento de vaidade, manifesta-se, no seu resultado, como timidez: quem se sente grande, porém não confia em que os outros o reconheçam por tal, receia confrontar a opinião que tem de si mesmo com a opinião que os outros possam ter dele. A vaidade, quando existe só, sem acrescentamento de orgulho, o que é possível porém raro, manifesta-se,no seu resultado, pela audácia. Quem tem a certeza de que os outros vêem nele valor nada receia deles. Pode haver coragem física sem vaidade; pode haver coragem moral sem vaidade; não pode haver audácia sem vaidade. E por audácia se entende a confiança na iniciativa. A audácia pode ser desacompanhada de coragem, física ou moral, pois estas disposições da índole são de ordem diferente, e com ela incomensuráveis.
Solipsism vs Self-aggrandizement
A liberdade é querer estar só, independente, autónomo de tudo o resto; o amor é cansar-me de estar só; a memória é o cansaço da criação.
A natureza tem horror à solidão no espaço-tempo.
Pensar é estar preso aos detalhes.
A acção é nome de verbo.
O que na natureza não se pode sentir, o homem cria.
O governo do mundo começa em nós mesmos. Não são os sinceros que governam o mundo, mas também não são os insinceros. São os que fabricam em si uma sinceridade real por meios artificiais e automáticos; essa sinceridade constitui a sua força, e é ela que irradia para a sinceridade menos falsa dos outros. Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista. Só aos poetas e aos filósofos compete a visão prática do mundo, porque só a esses é dado não ter ilusões. Ver claro é não agir. Uma opinião é uma grosseria, mesmo quando não é sincera. Toda a sinceridade é uma intolerância. Não há liberais sinceros. De resto, não há liberais.
A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. A maioria da gente é outra gente, disse Oscar Wilde, e disse bem. Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros, ainda, se perdem.
O orgulho é a certeza emotiva da grandeza própria. A vaidade é a certeza emotiva de que os outros vêem em nós, ou nos atribuem, tal grandeza. Os dois sentimentos nem necessariamente se conjugam, nem por natureza se opõem. São diferentes porém conjugáveis. O orgulho, quando existe só, sem acrescentamento de vaidade, manifesta-se, no seu resultado, como timidez: quem se sente grande, porém não confia em que os outros o reconheçam por tal, receia confrontar a opinião que tem de si mesmo com a opinião que os outros possam ter dele. A vaidade, quando existe só, sem acrescentamento de orgulho, o que é possível porém raro, manifesta-se,no seu resultado, pela audácia. Quem tem a certeza de que os outros vêem nele valor nada receia deles. Pode haver coragem física sem vaidade; pode haver coragem moral sem vaidade; não pode haver audácia sem vaidade. E por audácia se entende a confiança na iniciativa. A audácia pode ser desacompanhada de coragem, física ou moral, pois estas disposições da índole são de ordem diferente, e com ela incomensuráveis.
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