Um violento incêndio há 23 anos teve marcha nas encostas do
Rio Alva entre Vila Cova à Coelheira e
Sandomil, tomando a partir daqui apenas a encosta que chega às Quintas de
S.Pedro, local onde terminou a passagem de testemunho; até há 3 semanas atrás
era para mim a catástrofe, que figurava na minha memória, como a pior que a
minha Aldeia teria sofrido. Uma extensa mata verdejante, sobretudo de
Pinheiros, desapareceu deixando de luto o relevo desta parte da Serra da
Estrela.
Já não tenho presente como foi o combate, só sei o que os
meus me diziam, sobre como era no tempo, em que não haviam tantas fábricas de
Lanifícios como houve em Seia e S.Romão, e grande parte da população da minha
aldeia vivia da Agricultura, fazendo largo uso dos mercados das redondezas para
escoar os seus produtos. Há mais de 50 anos, as matas davam como até hoje, só
em recordações e para alguns ainda por “carolice”, fontes de recursos para as
terras e a lida dos animais, que desse modo repunham alguma salubridade nas
propriedades e caminhos agrícolas. Essa sanidade contrasta hoje, antes de mais,
com a gula advertida de qualquer fonte de ignição.
Um incêndio não se combate com palavras, como um exército
também não se dirige com “log files” e passagem de modelos, desertos, de tudo
abstrato.
Foi com muita pena, que assisti a um remake, com uma
gravidade superior ao filme de há 23 anos (com muito arremedo pelo meio, que
em algumas localidades, no baldio concessionado-Paião, não sei se não terão
tido gravidade equivalente ou superior, ao que tiveram nas tramas mais longas,
como destas 2 que agora aqui reportei).
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