sábado, 29 de setembro de 2012

Foi 1 ano depois do Chiado


       Um violento incêndio há 23 anos teve marcha nas encostas do Rio Alva entre Vila Cova à  Coelheira e Sandomil, tomando a partir daqui apenas a encosta que chega às Quintas de S.Pedro, local onde terminou a passagem de testemunho; até há 3 semanas atrás era para mim a catástrofe, que figurava na minha memória, como a pior que a minha Aldeia teria sofrido. Uma extensa mata verdejante, sobretudo de Pinheiros, desapareceu deixando de luto o relevo desta parte da Serra da Estrela.
       Já não tenho presente como foi o combate, só sei o que os meus me diziam, sobre como era no tempo, em que não haviam tantas fábricas de Lanifícios como houve em Seia e S.Romão, e grande parte da população da minha aldeia vivia da Agricultura, fazendo largo uso dos mercados das redondezas para escoar os seus produtos. Há mais de 50 anos, as matas davam como até hoje, só em recordações e para alguns ainda por “carolice”, fontes de recursos para as terras e a lida dos animais, que desse modo repunham alguma salubridade nas propriedades e caminhos agrícolas. Essa sanidade contrasta hoje, antes de mais, com a gula advertida de qualquer fonte de ignição.
      Um incêndio não se combate com palavras, como um exército também não se dirige com “log files” e passagem de modelos, desertos, de tudo abstrato.
      Foi com muita pena, que assisti a um remake, com uma gravidade superior ao filme de há 23 anos (com muito arremedo pelo meio, que em algumas localidades, no baldio concessionado-Paião, não sei se não terão tido gravidade equivalente ou superior, ao que tiveram nas tramas mais longas, como destas 2 que agora aqui reportei).

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