União Europeia - Consegue-se aprender com os erros?
A ficção perigosa do limite constitucional ao défice
Desde que a Burguesia (os primo-divisionários Calvinistas) descobriu como fazer dinheiro do nada, ou seja, a partir dele próprio, ainda não encontrei outra explicação para o sistema não ter dado raia, a não ser a AUTO-DETERMINAÇÃO, AUTO-DOMÍNIO, quase sempre garantido, por aquilo que governa os governos. Aquilo que cerceia a determinação dos governos e lhes limita o poder são os textos que todos julgam, como RESPOSTAS DE ÚLTIMA INSTÂNCIA, que eu chamo por Constituição e órgãos capazes de a verificar "a olhos vistos".
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
Robin dos Bosques
Através do blog Ladroes de Bicicletas cheguei aqui a este video sobre correlações entre a distribuição de rendimento e outros resultados caracterizadores de uma sociedade.
Apenas tenho a afirmar que tal como há países que têm a pesca, mas vivem à sombra de quem faz uso desse recurso, também surgem países onde o Carácter mais forte das pessoas sobressai sobre todas as pescas, canas e o mais que houver em falta. Volta-se sempre ao ponto inicial: qual o nosso sentido de imponência, quais são as nossas maiores impressões (wow)?
A educação das pessoas só é possível onde se dá grande peso ao deixar de ser fã dos nossos instrumentos primários de vida, que são os nossos instintos. É perfeitamente natural sermos invejosos e estarmos-nos sempre a comparar e mais ainda de querermos fazer da vida dos outros um pormenor, um gosto de nós próprios. As grandes sociedades são jorros de bom gosto e de vergar obedientemente a categorias definidoras, que nos aproximam do alto sentido estético, que é sempre a vizinhança, um passo intermédio para alcançar posições mais consentâneas com os desejos e esforços desenvolvidos.
Não tem qualquer ponto de comparação a presença de um "man in the middle", pela atitude de difundir riqueza para quem dela mais precisa (inclusive os ricos sem vergonha), com os impulsos criativos de quem pretende resolver problemas e sobretudo fazer eavesdropping de toda capacidade mental dos trabalhadores; não ter pejo em viver de si próprio, portanto fazendo da sua vida uma projecção para fora, sem vergonha do querer fazer-se a si próprio (Self-made man), pois só se pode amar, aquilo que se dá a conhecer.
Apenas tenho a afirmar que tal como há países que têm a pesca, mas vivem à sombra de quem faz uso desse recurso, também surgem países onde o Carácter mais forte das pessoas sobressai sobre todas as pescas, canas e o mais que houver em falta. Volta-se sempre ao ponto inicial: qual o nosso sentido de imponência, quais são as nossas maiores impressões (wow)?
A educação das pessoas só é possível onde se dá grande peso ao deixar de ser fã dos nossos instrumentos primários de vida, que são os nossos instintos. É perfeitamente natural sermos invejosos e estarmos-nos sempre a comparar e mais ainda de querermos fazer da vida dos outros um pormenor, um gosto de nós próprios. As grandes sociedades são jorros de bom gosto e de vergar obedientemente a categorias definidoras, que nos aproximam do alto sentido estético, que é sempre a vizinhança, um passo intermédio para alcançar posições mais consentâneas com os desejos e esforços desenvolvidos.
Não tem qualquer ponto de comparação a presença de um "man in the middle", pela atitude de difundir riqueza para quem dela mais precisa (inclusive os ricos sem vergonha), com os impulsos criativos de quem pretende resolver problemas e sobretudo fazer eavesdropping de toda capacidade mental dos trabalhadores; não ter pejo em viver de si próprio, portanto fazendo da sua vida uma projecção para fora, sem vergonha do querer fazer-se a si próprio (Self-made man), pois só se pode amar, aquilo que se dá a conhecer.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Madrugar
The world little knows how many of the thoughts and theories which have passed through the mind of a scientific investigator have been crushed in silence and secrecy by his own severe criticism and adverse examinations, that in the most successful instances not a tenth of the suggestions, the hopes, the wishes, the preliminary conclusions have been realized.
Michael Faraday
As Artes e as Ciências Nasceram dos Vícios
A astronomia nasceu da superstição; a retórica, da ambição, do ódio, da adulação, da mentira; a geometria, da ganância; a física, da curiosidade vã; e todas elas, mesmo a ética, do orgulho humano. As artes e as ciências devem portanto o seu nascimento aos nossos vícios, e nós deveríamos duvidar menos das suas vantagens se elas tivessem tido origem nas nossas virtudes. (...) Quantos perigos! Quantos caminhos equivocados na investigação das ciências? Por meio de quantos erros, milhares de vezes mais perigosos do que a verdade é útil, não é preciso abrir caminho a fim de alcançá-la? O problema é patente; pois a falsidade admite um número infinito de combinações; mas a verdade possui apenas um modo de ser.
Jean-Jacques Rousseau, in 'Discurso sobre as Ciências e as Artes'
Preludes to science — So you believe the sciences would have emerged and matured, if they had not been preceded by magicians, alchemists, astrologers, and witches who with their promises and false claims created a thirst, hunger, and taste for hidden and forbidden powers? Indeed, infinitely more has had to be promised than can ever be fulfilled in order that anything at ali be fulfilled in the realm of knowledge. Those things which now appear to us to be preludes and exercises preparatory to science were in the past certainly not practised and felt to be any such thing. Similarly perhaps to a distant age the whole of religion will appear as an exercise and prelude. Perhaps religion could have been the strange means of making it possible one day for a few individuais to enjoy the whole self-sufficiency of a god and ali his power of self-redemption. Indeed - one may ask - would man ever have learned to feel hunger for himself and to find satisfaction and fullness in himself without this religious training and prehistory? Did Prometheus first have to imagine having stolen light and pay for it before he could finally discover that he had created light by desiring light, and that not only man but also god was the work of his own hands and clay in his hands? All mere images of the sculptor - no less than delusion, theft, the Caucasus, the vulture, and the whole tragic Prometheia of all those who know?
Friedrich Nietzsche, in The Gay Science
We have a habit in writing articles published in scientific journals to make the work as finished as possible, to cover all the tracks, to not worry about the blind alleys or to describe how you had the wrong idea first, and so on. So there isn't any place to publish, in a dignified manner, what you actually did in order to get to do the work, although, there has been in these days, some interest in this kind of thing. Since winning the prize is a personal thing, I thought I could be excused in this particular situation, if I were to talk personally about my relationship to quantum electrodynamics, rather than to discuss the subject itself in a refined and finished fashion. Furthermore, since there are three people who have won the prize in physics, if they are all going to be talking about quantum electrodynamics itself, one might become bored with the subject. So, what I would like to tell you about today are the sequence of events, really the sequence of ideas, which occurred, and by which I finally came out the other end with an unsolved problem for which I ultimately received a prize.
Richard P. Feynman, Nobel Lecture
Michael Faraday
As Artes e as Ciências Nasceram dos Vícios
A astronomia nasceu da superstição; a retórica, da ambição, do ódio, da adulação, da mentira; a geometria, da ganância; a física, da curiosidade vã; e todas elas, mesmo a ética, do orgulho humano. As artes e as ciências devem portanto o seu nascimento aos nossos vícios, e nós deveríamos duvidar menos das suas vantagens se elas tivessem tido origem nas nossas virtudes. (...) Quantos perigos! Quantos caminhos equivocados na investigação das ciências? Por meio de quantos erros, milhares de vezes mais perigosos do que a verdade é útil, não é preciso abrir caminho a fim de alcançá-la? O problema é patente; pois a falsidade admite um número infinito de combinações; mas a verdade possui apenas um modo de ser.
Jean-Jacques Rousseau, in 'Discurso sobre as Ciências e as Artes'
Preludes to science — So you believe the sciences would have emerged and matured, if they had not been preceded by magicians, alchemists, astrologers, and witches who with their promises and false claims created a thirst, hunger, and taste for hidden and forbidden powers? Indeed, infinitely more has had to be promised than can ever be fulfilled in order that anything at ali be fulfilled in the realm of knowledge. Those things which now appear to us to be preludes and exercises preparatory to science were in the past certainly not practised and felt to be any such thing. Similarly perhaps to a distant age the whole of religion will appear as an exercise and prelude. Perhaps religion could have been the strange means of making it possible one day for a few individuais to enjoy the whole self-sufficiency of a god and ali his power of self-redemption. Indeed - one may ask - would man ever have learned to feel hunger for himself and to find satisfaction and fullness in himself without this religious training and prehistory? Did Prometheus first have to imagine having stolen light and pay for it before he could finally discover that he had created light by desiring light, and that not only man but also god was the work of his own hands and clay in his hands? All mere images of the sculptor - no less than delusion, theft, the Caucasus, the vulture, and the whole tragic Prometheia of all those who know?
Friedrich Nietzsche, in The Gay Science
We have a habit in writing articles published in scientific journals to make the work as finished as possible, to cover all the tracks, to not worry about the blind alleys or to describe how you had the wrong idea first, and so on. So there isn't any place to publish, in a dignified manner, what you actually did in order to get to do the work, although, there has been in these days, some interest in this kind of thing. Since winning the prize is a personal thing, I thought I could be excused in this particular situation, if I were to talk personally about my relationship to quantum electrodynamics, rather than to discuss the subject itself in a refined and finished fashion. Furthermore, since there are three people who have won the prize in physics, if they are all going to be talking about quantum electrodynamics itself, one might become bored with the subject. So, what I would like to tell you about today are the sequence of events, really the sequence of ideas, which occurred, and by which I finally came out the other end with an unsolved problem for which I ultimately received a prize.
Richard P. Feynman, Nobel Lecture
sábado, 5 de novembro de 2011
O que é um país?
http://www.triplov.com/contos/garrett/viagens/cap13.htm
Como diriam outros: um país é um esqueleto coberto de carne.
Como anda tão confusa a nossa anatomia...
Como se conseguiu acabar com a economia dos grandes ORTODOXOS, grandes PRICE MAKERS, no advento da década de 70 do séc XX?
O que faz tremer não pode ser só para os pequenos... por isso não deve haver exércitos de reserva de empresários.
Bem se sabe como os obstruídos se deleitam nas prestações conservadoras e de deslumbramento pela dominação do Status, das estatuetas , aos grandes templos.
Aqui vai uma de demagogo, com sarcasmo q.b.
http://www.triplov.com/contos/garrett/viagens/cap42.htm
Como diriam outros: um país é um esqueleto coberto de carne.
Como anda tão confusa a nossa anatomia...
Como se conseguiu acabar com a economia dos grandes ORTODOXOS, grandes PRICE MAKERS, no advento da década de 70 do séc XX?
O que faz tremer não pode ser só para os pequenos... por isso não deve haver exércitos de reserva de empresários.
Bem se sabe como os obstruídos se deleitam nas prestações conservadoras e de deslumbramento pela dominação do Status, das estatuetas , aos grandes templos.
Aqui vai uma de demagogo, com sarcasmo q.b.
http://www.triplov.com/contos/garrett/viagens/cap42.htm
Empertiganço
http://flowingdata.com/2011/10/28/best-statistics-question-ever/
A primeira coisa a saber é conhecer a pergunta?
Eu quero perguntar sobre o que estou a perguntar? Será esta a pergunta, exposta em minhas palavras?
Sem saber a que se referem as palavras, os números, isso é quase como acreditar numa barriga prenhe de vento. As palavras e os números afirmam uma dada diversidade de características, a que essas palavras e números por mais que tentem fazer papel de metalinguagem, isto é, descrever o processo criativo deles mesmos, continuarão a passar ao largo da "Terra Firme", visto que não se sujeitam a dar razão ao extenso rol de características que umbilicam na Constituição do ser humano.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Avulsos
Apresentam-se as já mais que apregoadas virtudes dos palavrões económicos e faz-se de conta que não existe o milagre da cegueira humana onde lucro é confundido com rendas económicas, os incentivos são o poder do quero posso e mando, não sendo mais do que importante as rotundas oculares.
Enquanto se perdem nisso, lembram-se da famigerada procura de último recurso, pela promoção do investimento do ímpeto do estado, diz-se agora aí, por portas travessas, que era a profilaxia do Senhor Keynes para quando os mercados não conseguirem arrebitar por si próprios. Precisa-se isso sim é de liquidez de último recurso. Apesar de toda a força produtiva da UE estar bem vincada por cada um dos 3 sectores da economia, em cada um dos países principais; os países periféricos, como Portugal ainda têm uma palavra a dizer.
Lição sacrificial , não há solidariedade, nem dentro do país, pois não se evitou o deboche a tempo e horas, vindo-nos agora à cabeça a tresloucada ambição de continuarmos a pedir favoravelmente dinheiro como dantes, ou pior, com taxas de juro irrisórias, quando nós sabemos que o Juro é um preço, e este serve para estabelecer concórdia entre risco&necessidade de liquidez vs disponibilidade de liquidez. O risco é de quem tiver força para o calcular ou para quem tiver tanta legitimidade, que terá de qualquer forma, seja qual for a situação o dinheiro de volta. Aquilo que como esquerda, chamamos de Austeridade do Neoliberalismo, é o que toda a gente antes fazia: queres comprar e não tens dinheiro, então poupa em tudo, mas mesmo até ao tostão, amealha e espera para comprar. Estropiar os pobres para dar aos que não fazem nada, a não ser, deter PODER, isso eu chamo: uma demão, de mais o mesmo.
Se a união europeia é um reunião de amigos (representantes dos respectivos povos), então a reunião que fazem as outras amizades entre financeiros é uma reunião do cada um amocha e faz amochar na sua "quintinha" em conluio com o "logo se vê", "tanto me faz", "para o que é serve", misturando nesta orquestra, muita partitura de música pimba, em que não há engenho e só niilismo, pois a gula fez-se rei de todos os princípios, negando-lhes toda a sua evidência.
Sem "grão a grão enche a galinha ao papo", o estado nunca irá ter orçamentos com excedentes que cheguem para cumprir com as responsabilidades dos credores.
Bem se sabe "que isto não é o da Joana" mas é odioso continuar a pagar e não bufar, por coisas que não nos foram emprestadas em géneros, mas fomos nós que transformámos o dinheiro em elefantes devoradores de PIB potencial; mas quem empresta dinheiro tem de ser também responsabilizado pelo facto de ser condescendente com a constatação do PIB não arrebitar com a sua benevolênciazinha, por isso chegará a altura de com real benevolência assumirem um corte naquilo que tenham a receber (Juros+Principal) pela atitude devoradora, de para tudo emprestarem, desde que sejam estados, porque esses nunca desaparecem, são perpetuidades!!!
"Todas as coisas estavam juntas, infinitas ao mesmo tempo em número e em pequenez, porque o pequeno era também infinito".
Anaxágoras
Toda a gente anda com o pluralismo na boca, mas quando chega à Macroeconomia, considera-se "o todo é igual às partes" e aí já deixa de haver injustiças, plena ilusão. Os agregados ajudam partes da economia, quase nunca faltando a falta de neutralidade dessa atitude, prejudicando outros que estão com interesses opostos. Um dia lá mais para a frente, quando a economia europeia no seu todo, tiver mais capaz, o mesmo é dizer, se ter criado uma riqueza, superior à que agora possuímos, vai ser possível discernir, o quanto lamecha e protector são os controlos dos agregados, nos pontos limítrofes de uma união económica.
Desde que haja movimento de matéria, isto é, produção, mobilidade, comércio, aparecimento de novas profissões, as assimetrias são combatidas.
Enquanto se perdem nisso, lembram-se da famigerada procura de último recurso, pela promoção do investimento do ímpeto do estado, diz-se agora aí, por portas travessas, que era a profilaxia do Senhor Keynes para quando os mercados não conseguirem arrebitar por si próprios. Precisa-se isso sim é de liquidez de último recurso. Apesar de toda a força produtiva da UE estar bem vincada por cada um dos 3 sectores da economia, em cada um dos países principais; os países periféricos, como Portugal ainda têm uma palavra a dizer.
Lição sacrificial , não há solidariedade, nem dentro do país, pois não se evitou o deboche a tempo e horas, vindo-nos agora à cabeça a tresloucada ambição de continuarmos a pedir favoravelmente dinheiro como dantes, ou pior, com taxas de juro irrisórias, quando nós sabemos que o Juro é um preço, e este serve para estabelecer concórdia entre risco&necessidade de liquidez vs disponibilidade de liquidez. O risco é de quem tiver força para o calcular ou para quem tiver tanta legitimidade, que terá de qualquer forma, seja qual for a situação o dinheiro de volta. Aquilo que como esquerda, chamamos de Austeridade do Neoliberalismo, é o que toda a gente antes fazia: queres comprar e não tens dinheiro, então poupa em tudo, mas mesmo até ao tostão, amealha e espera para comprar. Estropiar os pobres para dar aos que não fazem nada, a não ser, deter PODER, isso eu chamo: uma demão, de mais o mesmo.
Se a união europeia é um reunião de amigos (representantes dos respectivos povos), então a reunião que fazem as outras amizades entre financeiros é uma reunião do cada um amocha e faz amochar na sua "quintinha" em conluio com o "logo se vê", "tanto me faz", "para o que é serve", misturando nesta orquestra, muita partitura de música pimba, em que não há engenho e só niilismo, pois a gula fez-se rei de todos os princípios, negando-lhes toda a sua evidência.
Sem "grão a grão enche a galinha ao papo", o estado nunca irá ter orçamentos com excedentes que cheguem para cumprir com as responsabilidades dos credores.
Bem se sabe "que isto não é o da Joana" mas é odioso continuar a pagar e não bufar, por coisas que não nos foram emprestadas em géneros, mas fomos nós que transformámos o dinheiro em elefantes devoradores de PIB potencial; mas quem empresta dinheiro tem de ser também responsabilizado pelo facto de ser condescendente com a constatação do PIB não arrebitar com a sua benevolênciazinha, por isso chegará a altura de com real benevolência assumirem um corte naquilo que tenham a receber (Juros+Principal) pela atitude devoradora, de para tudo emprestarem, desde que sejam estados, porque esses nunca desaparecem, são perpetuidades!!!
"Todas as coisas estavam juntas, infinitas ao mesmo tempo em número e em pequenez, porque o pequeno era também infinito".
Anaxágoras
Toda a gente anda com o pluralismo na boca, mas quando chega à Macroeconomia, considera-se "o todo é igual às partes" e aí já deixa de haver injustiças, plena ilusão. Os agregados ajudam partes da economia, quase nunca faltando a falta de neutralidade dessa atitude, prejudicando outros que estão com interesses opostos. Um dia lá mais para a frente, quando a economia europeia no seu todo, tiver mais capaz, o mesmo é dizer, se ter criado uma riqueza, superior à que agora possuímos, vai ser possível discernir, o quanto lamecha e protector são os controlos dos agregados, nos pontos limítrofes de uma união económica.
Desde que haja movimento de matéria, isto é, produção, mobilidade, comércio, aparecimento de novas profissões, as assimetrias são combatidas.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
A obesidade da cabeça
Hoje somos inundados com cheias de palavras encantadoras que enchem de valor o que por si só seriam árvores, não, ervas do campo com radículas pouco profundas, que ajudam a fixar à terra, para que numa posição certa recebam a luz do sol e a sombra de quem se ergueu mais alto com a seiva de quem tem de ser alto. O verde e a novidade constante, do que tem força motriz esconde a pungência no desbravar subterrâneo pela procura de um motivo mais forte de erguimento, a modos que se for o que pertence às individualidades, estas irão explorar o solo e passado alguns movimentos e transtornos da actividade diurna poderão eventualmente devolver muito mais do que troco. Irrompem cada vez mais, infinitésima a infinitésima de camada de luz, trepam naquilo que me é possível ver, como se de verdade uma antologia se tratasse, mas não sei se não haverá na manutenção dessa procura de altura um pacto secreto ao nível do subsolo e da divina escadaria. Existem muitas possibilidades, aquelas que eu reflectidamente escolho e aquelas que passam ao lado do meu canteiro, mas por não me querer fazer súbdito dessa exígua e relativa parte de terra, julgo que deva haver árvores que pela sombra e o prazer da gula da vertigem consigam cativar para próximo de si uns bons centos de vegetação. O torpor vegetal é uma constante de quem vegeta, não da vida, porque a vida não se conforma com coisificação, com esquemas mirabolantes de um qualquer toque de Midas, em que de repente se transmuta um ente para os desejos e estatura de quem nos explora, não se sabendo o quanto em tombo somos todos explorados. Não sei o que de bom possa ter, exercer, para cada individualidade essa coisa disfarçada de razão, quando não passa apenas de força, uma força com origem apenas no querer deixarmos de ser aquilo que somos e o caminho mais curto é sempre o de onde houver mais força tanto a montante como a jusante.
As árvores, são como as palavras, não têm culpa, do quanto mais é reprimida uma parte da vida, mais importante essa mesma parte se torna. Se alguém diz: não te ergas, não tenhas importância ; é porque te quer junto a ele, ou a que procures outro a quem te juntares. Não é pelas palavras pertencerem a uma comunidade que elas se valorizam, nem as árvores a exigirem conteúdo das ervas e restante vegetação. Tenho em querer, que existem esquemas Ponzi algures na floresta, e se não for isso, um só eucalipto pode acabar com os eucaliptozinhos à sua volta, uma demonstração de poderio mais justa acima da Terra, mas muito injusta para quem tem de partilhar o Solo. As palavras têm um solo, uma corrente freática, um lugar de rocha e por vezes podem ajudar a sugerir-nos um mais além, inatingível, como essa viagem ao centro da Terra já imaginada por um autor esclarecido.
As árvores, são como as palavras, não têm culpa, do quanto mais é reprimida uma parte da vida, mais importante essa mesma parte se torna. Se alguém diz: não te ergas, não tenhas importância ; é porque te quer junto a ele, ou a que procures outro a quem te juntares. Não é pelas palavras pertencerem a uma comunidade que elas se valorizam, nem as árvores a exigirem conteúdo das ervas e restante vegetação. Tenho em querer, que existem esquemas Ponzi algures na floresta, e se não for isso, um só eucalipto pode acabar com os eucaliptozinhos à sua volta, uma demonstração de poderio mais justa acima da Terra, mas muito injusta para quem tem de partilhar o Solo. As palavras têm um solo, uma corrente freática, um lugar de rocha e por vezes podem ajudar a sugerir-nos um mais além, inatingível, como essa viagem ao centro da Terra já imaginada por um autor esclarecido.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Quem tem de errar menos?
O que é sacrificado ou o que vive à pala?
"It is error alone which needs support of government. Truth can stand by itself." - Thomas Jefferson.
What is tolerance? It is the consequence of humanity. We are all formed of frailty and error; let us pardon reciprocally each other's folly - that is the first law of nature.
Voltaire
I do not agree with what you have to say, but I'll defend to the death your right to say it.
Voltaire
"It is error alone which needs support of government. Truth can stand by itself." - Thomas Jefferson.
What is tolerance? It is the consequence of humanity. We are all formed of frailty and error; let us pardon reciprocally each other's folly - that is the first law of nature.
Voltaire
I do not agree with what you have to say, but I'll defend to the death your right to say it.
Voltaire
Os Bombeiros Incendiários
Um aviso chega e outro vai, há mais maneiras de mentir do que acertar. Vivemos tempos sempre efémeros, com tanta contradição que fala com pose de sempre eterno. O que é que se há-de fazer com os lacaios que contados, chulam, a quem acusam de ser chulador, mas não, têm de ir ter com os seus guardadores nas salas onde nem as paredes confessam, porque ruiriam com tanta falta de alicerces das pseudo verdades que contam. Cuidado com o papel da parede, não confundir com o original, porque esse ficou para trás nas horas da meninice.
sábado, 3 de setembro de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
Erros da Inteligência e do Coração
Os erros e as dúvidas da inteligência desaparecem mais depressa, sem deixar rasto, que os erros do coração; desaparecem não tanto em consequência de discussões e polémicas como graças à lógica iniludível dos acontecimentos da vida viva, que às vezes trazem consigo o verdadeiro escape e mostram o caminho adequado, senão logo, na primeira altura, num prazo relativamente breve, em certas ocasiões, sem haver necessidade de se esperar pela geração seguinte. Com os erros do coração o mesmo não sucede. O erro do coração é de maior monta; significa que o espírito frequentemente, o espírito de toda a nação, está doente, sofre de qualquer contágio e não poucas vezes essa enfermidade, esse contacto, implicam tal grau de cegueira, que toda a nação se torna incurável... por mais tentativas que se façam para a salvar. Pelo contrário, essa cegueira desfigura os factos a seu talante, deforma-os segundo as delirantes visões do espírito doente e até pode suceder que toda a nação prefira ir para a ruína conscientemente, quer dizer, conhecendo já a sua cegueira, a deixar-se curar... pois já não quer que a curem.
Fiodor Dostoievski, in "Diário de um Escritor"
Fiodor Dostoievski, in "Diário de um Escritor"
sexta-feira, 29 de julho de 2011
A epiderme
Quem controla a burocracia tem o poder de decepcionar, manipular os políticos e as suas funções através das políticas. É este poder “servido à discrição” que é bom na maioria das nossas casas e abaixo de péssimo na coisa pública, com performance essencialista ao bom delírio romântico, na boa esteira da “burocracia iluminada” que pretende por detrás da fachada do uniformismo e garantismo da “liberdade pela força da lei”, “são as leis que fazem o senso geral”, “deus ex machina”, se privilegiar como fulcro da vida social.
O uniformismo é óptimo ao resguardar-se, reivindicando para si um papel mínimo, visto que a repetição não se impõe no meio da natureza, onde fenómenos naturais e do próprio homem são origem de diferença e porque não dizer, distinção. Houve em tempos quem sonhasse com um bem comum que se sobrepusesse ao interesse individualista que assiste a cada ser humano, mas as poucas experiências em que se fez uso dessa configuração, ou passaram ao lado das intenções originais, ou ainda, ficaram para ser matéria de estudo do exemplo da “frase batida” da mancha de óleo, de como o usurpador do hábito agride o hábito original. Contudo há exemplos onde se toma a parte pelo todo, em que a igualdade sobre todos os aspectos materiais dos indivíduos não é o que os move, mas sim a lealdade e o sucesso individuais como faculdades inequívocas do bem do grupo, poderíamos chamar a isto chauvinismo, provincianismo, ou até como exemplo de falácia da composição, mas um pouco do que aqui foi relatado acontece tanto na envolvente familiar como na empresa do típico habitante Japonês.
O mundo do trabalho e da rotina, uniforme e apático vai acabar por privilegiar o despertar da diversão, da libertação do homem através da sua sensibilidade. É de muito mau gosto haver programas que façam das pessoas super-nostradamus, que nos fazem crer que deixamos de ser Zombies, uma doutrina de sono sem sonho dos nossos sentidos, uma aula dada da cátedra da apatheia para a aletheia, enquanto dura isso iludimo-nos e o pior é quando vem a conta de quem nos ilude, ao fim de fracções de segundo. O tempo não brinca em serviço!!!
“A natureza do homem é a ARTE."
O uniformismo é óptimo ao resguardar-se, reivindicando para si um papel mínimo, visto que a repetição não se impõe no meio da natureza, onde fenómenos naturais e do próprio homem são origem de diferença e porque não dizer, distinção. Houve em tempos quem sonhasse com um bem comum que se sobrepusesse ao interesse individualista que assiste a cada ser humano, mas as poucas experiências em que se fez uso dessa configuração, ou passaram ao lado das intenções originais, ou ainda, ficaram para ser matéria de estudo do exemplo da “frase batida” da mancha de óleo, de como o usurpador do hábito agride o hábito original. Contudo há exemplos onde se toma a parte pelo todo, em que a igualdade sobre todos os aspectos materiais dos indivíduos não é o que os move, mas sim a lealdade e o sucesso individuais como faculdades inequívocas do bem do grupo, poderíamos chamar a isto chauvinismo, provincianismo, ou até como exemplo de falácia da composição, mas um pouco do que aqui foi relatado acontece tanto na envolvente familiar como na empresa do típico habitante Japonês.
O mundo do trabalho e da rotina, uniforme e apático vai acabar por privilegiar o despertar da diversão, da libertação do homem através da sua sensibilidade. É de muito mau gosto haver programas que façam das pessoas super-nostradamus, que nos fazem crer que deixamos de ser Zombies, uma doutrina de sono sem sonho dos nossos sentidos, uma aula dada da cátedra da apatheia para a aletheia, enquanto dura isso iludimo-nos e o pior é quando vem a conta de quem nos ilude, ao fim de fracções de segundo. O tempo não brinca em serviço!!!
“A natureza do homem é a ARTE."
Não só, mas também...
Os hipócritas estão para as estradas, como os homicidas estão para as guerras.
Diluído ou Concentrado, quem dá mais, venha ver ó Senhora?
Enquanto os políticos estiverem ao nível da hipocrisia e burrice dos sindicantes e coitadinhólogos que se não revezam, na luta pelos bofes, e os outros pela derrocada da resignação, não iremos concerteza ter passado que nos dê pontapé de partida, nem sequer para o apuramento, porque até envergonha a convocatória. Pois continuem todos a mamar e não se deixem de chular, porque trabalhar é mesmo coisa abaixo de cão. Julgam eles...
Diluído ou Concentrado, quem dá mais, venha ver ó Senhora?
Enquanto os políticos estiverem ao nível da hipocrisia e burrice dos sindicantes e coitadinhólogos que se não revezam, na luta pelos bofes, e os outros pela derrocada da resignação, não iremos concerteza ter passado que nos dê pontapé de partida, nem sequer para o apuramento, porque até envergonha a convocatória. Pois continuem todos a mamar e não se deixem de chular, porque trabalhar é mesmo coisa abaixo de cão. Julgam eles...
sábado, 4 de junho de 2011
Acto Poético
O acto poético é o empenho total do ser para a sua revelação. Este fogo do conhecimento, que é também fogo de amor, em que o poeta se exalta e consome, é a sua moral. E não há outra. Nesse mergulho do homem nas suas águas mais silenciadas, o que vem à tona é tanto uma singularidade como uma pluralidade. Mas, curiosamente, o espírito humano atenta mais facilmente nas diferenças do que nas semelhanças, esquecendo-se, e é Goethe quem o lembra, que o particular e o universal coincidem, e assim a palavra do poeta, tão fiel ao homem, acaba por ser palavra de escândalo no seio do próprio homem. Na verdade, ele nega onde outros afirmam, desoculta o que outros escondem, ousa amar o que outros nem sequer são capazes de imaginar. Palavra de aflição mesmo quando luminosa, de desejo apesar de serena, rumorosa até quando nos diz o silêncio, pois esse ser sedento de ser, que é o poeta, tem a nostalgia da unidade, e o que procura é uma reconciliação, uma suprema harmonia entre luz e sombra, presença e ausência, plenitude e carência.
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Nem com umas marretadas, isto já lá vai...
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We do not content ourselves with the life we have in ourselves and in our own being; we desire to live an imaginary life in the mind of others, and for this purpose we endeavour to shine. We labour unceasingly to adorn and preserve this imaginary existence, and neglect the real. And if we possess calmness, or generosity, or truthfulness, we are eager to make it known, so as to attach these virtues to that imaginary existence. We would rather separate them from ourselves to join them to it; and we would willingly be cowards in order to acquire the reputation of being brave. A great proof of the nothingness of our being, not to be satisfied with the one without the other, and to renounce the one for the other! For he would be infamous who would not die to preserve his honour.
In the choice between changing ones mind and proving there's no need to do so, most people get busy on the proof.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Lei da Semente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Murphy
"Uma nação que habitualmente pense mal de si mesma acabará por merecer o conceito de si que anteformou."
"a febre" ou a lebre : dare to be wise
Contra o mofo e o amorfo.
"Uma nação que habitualmente pense mal de si mesma acabará por merecer o conceito de si que anteformou."
"a febre" ou a lebre : dare to be wise
Contra o mofo e o amorfo.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
RIP Nuno Miguel 1964-2011
http://www.facebook.com/ambientassons
Alinhamento do CD, 2001
Mark Van Dale Feat c.b.milton - something goin' on
milk&sugar - higher and higher
m&s presents the girl next door-salsoul nugget
junior Jack vs. Richard Grey - u look fantastic
TDN-shame
Artfull dodger feat michelle escoffery - thinking about me
joe smooth - promised land
negrocan - aquela esquina
spero feat. danni scott - you make me say (oh la la la)
soul brothers feat joi caroell - Let it go
Mr. OXX - This is california
Knee Deep - Can we really do this
Sandy Rivera Feat.LT.Brown - Come into my room
Duplex - Groove is on the 1
Chocolate Puma - I wanna be U
Irving Project - If you believe
Jason Jinx - Bring back that feeling
Silicone soul- Chic-O-LAA
quarta-feira, 23 de março de 2011
Violaram a minha Conta do Google
quarta-feira, 9 de março de 2011
Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
Entre os dois pólos de conhecimento da realidade é muito de isto que não nos ultrapassa:
“Por mais alto que subamos e mais baixo que desçamos, nunca
saímos das nossas sensações”
"Nenhum de nós desata o nó górdio"
o meio ... o DAEMON
"A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver"
Tudo é através de: sensação,enleio,interacção,falta de fundamento, parcial, simplificação, memória,etc
"Eu não sou um homem, sou dinamite."
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
Entre os dois pólos de conhecimento da realidade é muito de isto que não nos ultrapassa:
“Por mais alto que subamos e mais baixo que desçamos, nunca
saímos das nossas sensações”
"Nenhum de nós desata o nó górdio"
o meio ... o DAEMON
"A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver"
Tudo é através de: sensação,enleio,interacção,falta de fundamento, parcial, simplificação, memória,etc
"Eu não sou um homem, sou dinamite."
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Powerlessness
Por algum vácuo temos de começar a mentir...
Nothing is built on stone; all is built in sand. But we must
build as if the sand were stone.
—Jorge Luis Borges
Inclusive a MEGALOMANIA do efeito Borboleta, ou da NEGAÇÃO das regras elementares...
O que foi é o que será: o que acontece é o que há de acontecer. Não há nada de novo debaixo do sol.
O coração do insensato é como as rodas de um carro, e o seu pensamento é semelhante a um eixo que gira.
Nothing is built on stone; all is built in sand. But we must
build as if the sand were stone.
—Jorge Luis Borges
Inclusive a MEGALOMANIA do efeito Borboleta, ou da NEGAÇÃO das regras elementares...
O que foi é o que será: o que acontece é o que há de acontecer. Não há nada de novo debaixo do sol.
O coração do insensato é como as rodas de um carro, e o seu pensamento é semelhante a um eixo que gira.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Identidade e Dialéctica
Put in your mouth where is your thinking, dreams and practice.
Solipsism vs Self-aggrandizement
A liberdade é querer estar só, independente, autónomo de tudo o resto; o amor é cansar-me de estar só; a memória é o cansaço da criação.
A natureza tem horror à solidão no espaço-tempo.
Pensar é estar preso aos detalhes.
A acção é nome de verbo.
O que na natureza não se pode sentir, o homem cria.
O governo do mundo começa em nós mesmos. Não são os sinceros que governam o mundo, mas também não são os insinceros. São os que fabricam em si uma sinceridade real por meios artificiais e automáticos; essa sinceridade constitui a sua força, e é ela que irradia para a sinceridade menos falsa dos outros. Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista. Só aos poetas e aos filósofos compete a visão prática do mundo, porque só a esses é dado não ter ilusões. Ver claro é não agir. Uma opinião é uma grosseria, mesmo quando não é sincera. Toda a sinceridade é uma intolerância. Não há liberais sinceros. De resto, não há liberais.
A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. A maioria da gente é outra gente, disse Oscar Wilde, e disse bem. Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros, ainda, se perdem.
O orgulho é a certeza emotiva da grandeza própria. A vaidade é a certeza emotiva de que os outros vêem em nós, ou nos atribuem, tal grandeza. Os dois sentimentos nem necessariamente se conjugam, nem por natureza se opõem. São diferentes porém conjugáveis. O orgulho, quando existe só, sem acrescentamento de vaidade, manifesta-se, no seu resultado, como timidez: quem se sente grande, porém não confia em que os outros o reconheçam por tal, receia confrontar a opinião que tem de si mesmo com a opinião que os outros possam ter dele. A vaidade, quando existe só, sem acrescentamento de orgulho, o que é possível porém raro, manifesta-se,no seu resultado, pela audácia. Quem tem a certeza de que os outros vêem nele valor nada receia deles. Pode haver coragem física sem vaidade; pode haver coragem moral sem vaidade; não pode haver audácia sem vaidade. E por audácia se entende a confiança na iniciativa. A audácia pode ser desacompanhada de coragem, física ou moral, pois estas disposições da índole são de ordem diferente, e com ela incomensuráveis.
Solipsism vs Self-aggrandizement
A liberdade é querer estar só, independente, autónomo de tudo o resto; o amor é cansar-me de estar só; a memória é o cansaço da criação.
A natureza tem horror à solidão no espaço-tempo.
Pensar é estar preso aos detalhes.
A acção é nome de verbo.
O que na natureza não se pode sentir, o homem cria.
O governo do mundo começa em nós mesmos. Não são os sinceros que governam o mundo, mas também não são os insinceros. São os que fabricam em si uma sinceridade real por meios artificiais e automáticos; essa sinceridade constitui a sua força, e é ela que irradia para a sinceridade menos falsa dos outros. Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista. Só aos poetas e aos filósofos compete a visão prática do mundo, porque só a esses é dado não ter ilusões. Ver claro é não agir. Uma opinião é uma grosseria, mesmo quando não é sincera. Toda a sinceridade é uma intolerância. Não há liberais sinceros. De resto, não há liberais.
A maioria dos homens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. A maioria da gente é outra gente, disse Oscar Wilde, e disse bem. Uns gastam a vida na busca de qualquer coisa que não querem; outros empregam-se na busca do que querem e lhes não serve; outros, ainda, se perdem.
O orgulho é a certeza emotiva da grandeza própria. A vaidade é a certeza emotiva de que os outros vêem em nós, ou nos atribuem, tal grandeza. Os dois sentimentos nem necessariamente se conjugam, nem por natureza se opõem. São diferentes porém conjugáveis. O orgulho, quando existe só, sem acrescentamento de vaidade, manifesta-se, no seu resultado, como timidez: quem se sente grande, porém não confia em que os outros o reconheçam por tal, receia confrontar a opinião que tem de si mesmo com a opinião que os outros possam ter dele. A vaidade, quando existe só, sem acrescentamento de orgulho, o que é possível porém raro, manifesta-se,no seu resultado, pela audácia. Quem tem a certeza de que os outros vêem nele valor nada receia deles. Pode haver coragem física sem vaidade; pode haver coragem moral sem vaidade; não pode haver audácia sem vaidade. E por audácia se entende a confiança na iniciativa. A audácia pode ser desacompanhada de coragem, física ou moral, pois estas disposições da índole são de ordem diferente, e com ela incomensuráveis.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
A divina iluminação
Ele é tão poderoso que conseguiu criar uma criatura que conseguisse ser mais do que um espelho e que pudesse no tempo-espaço ter um senso de propriedade que é o poder de USAR aquilo que é, e já não é pouco. Todos sabemos que podemos memorizar, ter poder de concentração e o que é isso se não um senso das nossas capacidades, ainda para mais quando as usamos regularmente para entender o mundo. Mas quando por algum motivo nos chega até nós aquilo que não não tivemos consciência , estamos perante o nosso corpo, sejam reflexos, seja o submergir ao nosso instinto sobre algo que se arrumou, mas não se sabe onde, como e porquê...
Geralmente quando se pretende alcançar alguns limites do impossível (ou que se fazem passar por isso) surge a comum e vulgar pescadinha de rabo na boca.
“O mundo é profundo,E mais profundo do que o dia julga." Nietzsche
Geralmente quando se pretende alcançar alguns limites do impossível (ou que se fazem passar por isso) surge a comum e vulgar pescadinha de rabo na boca.
“O mundo é profundo,E mais profundo do que o dia julga." Nietzsche
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Desorçamentar o Infinito
Dá em confundir adicção com hábitos.
Dá em o hábito fazer o monge.
Dá em reflexividade (viés, viés auto-inculcado).
Dá em esquecer que se é X para o bem, tem de continuar a ser adequado às consequências derivadas da bondade correspondente de X.
Dá em ter medo de fazer as mudanças que contrariando o hábito, podem fazer escapar-nos do abismo (do lado oposto dos especuladores em contra-ciclo).
Dá em auto-decepção não aceitando as estatísticas das notícias.
Dá em esperar pela melhor altura para procurar o BEM, aos poucochinhos que é para não fazer mal!!!
Dá em não revitalizar o prazo de vida, burro velho não quer reaprender!!!
Dá em o hábito fazer o monge.
Dá em reflexividade (viés, viés auto-inculcado).
Dá em esquecer que se é X para o bem, tem de continuar a ser adequado às consequências derivadas da bondade correspondente de X.
Dá em ter medo de fazer as mudanças que contrariando o hábito, podem fazer escapar-nos do abismo (do lado oposto dos especuladores em contra-ciclo).
Dá em auto-decepção não aceitando as estatísticas das notícias.
Dá em esperar pela melhor altura para procurar o BEM, aos poucochinhos que é para não fazer mal!!!
Dá em não revitalizar o prazo de vida, burro velho não quer reaprender!!!
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