quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Segredo

É um maná a cair do céu, a quantidade de livros que procuram satisfazer almejos íntimos de todas as pessoas. Há livros de economia com uma milena de páginas, em que algumas delas dizem preto no branco, que uma das ordens de curso que uma organização deve seguir, deve ser: a maximização do lucro; que pode ser traduzida de diversas maneiras, mas que devia ser cada vez mais exposta, para não se julgar que toda essa diversidade tem "por dá cá aquela palha" um obedecer de forma similar, perante a "régua" do "a olhos vistos". Por exemplo um madeireiro, se utilizar máquinas, facilita e muito o seu trabalho, poupa tempo e claro trabalho a outras pessoas. Isto é o capitalismo (que sendo assim vive entre nós desde os primórdios). Socialismo (o verdadeiro, nasce com a relação paternal) é vir dizer que o desemprego dessas pessoas, é provocado pelo capital, e que das escolhas dos gestores resulta, o "arranjar trabalhos" tanto para os autores dos livros de auto-ajuda, como para a organização social que monitoriza os ociosos.
Não há capitalismo, sem uma qualquer espécie ténue de socialismo (nem que seja o dos primórdios), mas que não preste reverência exemplar  ao "mau capital", que não poupa tempo, nem trabalho.
Em termos metafóricos a nossa crise, sobrevive  do "mau capital", que em vez de produzir, engole como um buraco negro, tudo à sua volta. 
A produtividade do capital afinal não se mede nos mercados, nem em salas de planeadores, mede-se no campo onde pessoas distintas utilizam meios provavelmente iguais em aplicações não exemplares. Se a produtividade do capital se mede nos mercados ou em salas de planeadores, é porque os humanos envolvidos nessas actividades, não passam de guarda-livros.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Ciência

       Como todo bom exemplo, não pode deixar de ter uso, após a sua inscrição nas "tábuas de lei". É assim que surgem os conceitos e explicações científicas, para que possam ser repetidas uma e outra vez em lugares e situações, tudo menos exóticas. As crises económicas dão-se aonde praticamente as melhorias trazidas pela vontade incluída no produto do trabalho, não têm a validade que exteriorizam, pelos que na sociedade têm mais força, através de manipulação e dependência por alucinados, tal e qual o poder de utilizar a VIDA, e as suas leis mito-físicas.
      A génese da individualidade na liberdade de agir e pensar, justifica-se sempre, mas que não fiquem nada a dever ao princípio do utilitarismo, um sentido escolhido a partir de todas as escolhas envolvidas, no qual se enfoque a melhoria para o maior número de pessoas, inclusivamente as que não participem directamente na decisão.
Um cientista, um técnico exemplar em marketing&implementação de tecnologias são alguém que quase sempre vêem a sua obra, se elevar também a custo da dependência do trabalho de outros. Por esta razão falar na retribuição do trabalho independentemente de tudo o resto, leva a sugerir diferenças de rendimentos,  apenas e só com base em direitos de propriedade (patentes, produção final), que se sabe não é o modo mais sério de "medir" a diferença entre as pessoas.



"O médico que só sabe Medicina, nem Medicina sabe"

"O que não trabalha não comerá"

"e aquele que quer trabalhar e não encontra emprego"



sábado, 29 de setembro de 2012

Foi 1 ano depois do Chiado


       Um violento incêndio há 23 anos teve marcha nas encostas do Rio Alva entre Vila Cova à  Coelheira e Sandomil, tomando a partir daqui apenas a encosta que chega às Quintas de S.Pedro, local onde terminou a passagem de testemunho; até há 3 semanas atrás era para mim a catástrofe, que figurava na minha memória, como a pior que a minha Aldeia teria sofrido. Uma extensa mata verdejante, sobretudo de Pinheiros, desapareceu deixando de luto o relevo desta parte da Serra da Estrela.
       Já não tenho presente como foi o combate, só sei o que os meus me diziam, sobre como era no tempo, em que não haviam tantas fábricas de Lanifícios como houve em Seia e S.Romão, e grande parte da população da minha aldeia vivia da Agricultura, fazendo largo uso dos mercados das redondezas para escoar os seus produtos. Há mais de 50 anos, as matas davam como até hoje, só em recordações e para alguns ainda por “carolice”, fontes de recursos para as terras e a lida dos animais, que desse modo repunham alguma salubridade nas propriedades e caminhos agrícolas. Essa sanidade contrasta hoje, antes de mais, com a gula advertida de qualquer fonte de ignição.
      Um incêndio não se combate com palavras, como um exército também não se dirige com “log files” e passagem de modelos, desertos, de tudo abstrato.
      Foi com muita pena, que assisti a um remake, com uma gravidade superior ao filme de há 23 anos (com muito arremedo pelo meio, que em algumas localidades, no baldio concessionado-Paião, não sei se não terão tido gravidade equivalente ou superior, ao que tiveram nas tramas mais longas, como destas 2 que agora aqui reportei).

terça-feira, 31 de julho de 2012

Samuel Butler (1612-1680), autor de Hudibras

A vida é a arte de tirar conclusões suficientes a partir de premissas insuficientes.

A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas.

Não há fonte de erro tão grande como a busca da verdade absoluta.

Deus estava satisfeito com a sua obra, e isso é um erro fatal.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Especialização


Num mundo que não se envergonha da própria natureza, a especialização na economia espelha bem essa verdade iniludível. Não se trata propriamente do espelho da consciência, que tudo organiza em parecenças e esquisitices, mas da existência de múltiplos espelhos delimitados, cada um adequado conforme a vontade de cada autor e da forma como pretende subsistir, agradando através do seu trabalho, aos elementos da comunidade que estiverem dispostos a pagar por esse feito.
O espelho ideal não existe, nem nos livros imaginados, nem na obra física que os permite escrever; o que há é um espelho organizado como obra colectiva que pretende ultrapassar as limitações individuais e sublevar a frecha de espelho ideal, preparada através de medições intuitivas, que de relance nos levam a querer um caminho em relação a outro, não se sabendo as contra-indicações que essa intenção subtil acarreta.
Não basta dizer que especializando todos os trabalhadores, com as suas profissões, a produção global a nível de vazão aumenta; como a fabricação se tratasse sempre de uma linha de montagem (lembrando o exemplo da fábrica de alfinetes, dado por Adam Smith, na sua obra a “A Riqueza das Nações”). Que se saiba ainda ninguém inventou outra pessoa que pense por nós e que nos deixe entregue em paz aos devaneios de cada profissão, ora ninguém passou a ser acéfalo, nem deixou de obedecer a padrões de comportamento que regem a organização comunitária, sendo os mais conhecidos: o estado de direito e o seu subjacente, o mercado.
Claro que, onde quer que se fale de especialização e se omita qualquer rastro de custos de oportunidade (mesmo que sejam só por sua vontade) é caso para dizer, que não se pode levar a sério quem se propôs a ponderar os pontos a favor e contra da especialização (bases de influência, na forma de preços e legislação).

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Reflexividade


      Se há comida que nunca provei, uma delas é a que aposta numa diferenciação absoluta da culinária da cozinha do comum mortal, não estou a falar de pratos bem confecionados, mas daquilo que considero “manias”, como todos nós temos as nossas, com pena de não serem tão apreciadas da mesma forma, pelas bolsas que gastam dinheiro nesses espaços etéreos.
      Imaginem só um pedreiro, um estivador alimentarem-se com as calorias dadas pelos pratos tão bem pagos, por tão altas classes. Quando consideramos que a variável preço traduz sempre um bem comum refletido da mesma forma para todo o mortal, estamos a ir contra a subjetividade que se deve ter sempre em conta na capacidade de valorização própria de cada pessoa, dos bens que consome. Essa diferenciação é por termos abstratos  um caso clássico de ensimesmamento, uma obra de arte, que só é permitida a quem já muito trabalhou, para chegar a essa “ilha dos amores”.
     O abandono completo do passado, da tradição na avaliação de ativos e de serviços leva os desejos a ultrapassarem as normas, para que mais tarde, por um processo semelhante ao carisma das pessoas, se forme em torno de um fim, um grande avolumar de crenças, que se julgam auto-sustentar só por serem muitos e “darem muito nas vistas”. O que estes pós-modernos nos dizem é que o mais difícil é o começo do enrascanço, porque quando o processo já estiver em ebulição, ninguém saberá distinguir o enrascanço de como fugir do próprio feitiço. É assim que vejo a defesa pulsional tanto dos que querem tudo poupar, para melhores dias, como dos que querem gastar, como se não houvesse amanhã; esses todos pretendem organizar o mundo pelo vácuo das coisas, uma organização pela organização, sem ser tangível, o que todas essas pulsões pretendem de forma extemporânea dar corpo.
     A única norma que nos encarreira fora do caminho, do livre arbítrio tipo a figura do bode que lhe é dado a escolher entre dois caminhos para a sala de abate, é a reciprocidade e isso envolve valores de troca e para isso temos de ser analíticos e ir aos seus constituintes ou valores de uso e para isso temos de saber, para que é que pode ser constituinte o produto trocado.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Prego

         A razão pela razão era o sonho de todos os homens que pretendiam continuar a ver o mundo como os primeiros mecanicistas, um ser repleto de um sem fim de geringonças, que todas elas seriam capazes de em conjunto com o desejo de um criador, conseguirem cumprir com o desejo manifestado no plano em papel, quando muito, se o houvesse. A procura de separar visões de conjunto, das pequenas mostras frágeis do prenúncio de um princípio de comportamento final foi sempre um objectivo, muito concreto e por isso bem estabelecido através da história, desde a intenção manifesta da procura dos primeiros elementos constituintes da matéria permanente, que nos era apresentada através dos nossos sentidos, como pelo observar dessa mesma matéria num tempo que também tem perspectiva de conjunto. O tempo e a matéria vivem cada um do outro, e pode-se dizer, mesmo que o homem seja feito dessas duas coisas, só elas subsistem, ou seja, o homem é uma parte daquilo que subsiste a todas as mudanças, durante o tempo, em que a matéria é sujeita às suas próprias transformações, pois a matéria é a única coisa palpável neste mundo, que de tão complicado, sempre precisou de saciar a nossa falta de sentido para a vida, projectando por um processo inerentemente psicofísico, essa falta na nossa mente, nas formas mais ausentes de definição, quer seja pelos Deuses religiosos, quer pela nossa desejada capacidade intelectual de compreender o mundo para além do sensorial.
          Na aldeia onde todos se conhecem, o sistema de trocas directas e mesmo indirectas funciona “às mil maravilhas”, pois há contacto visual com os produtos, conhecem-se os produtores e métodos de produção e ainda existe o fulcral dos mercados que é a valorização das coisas, quer tendo em conta a tradição, quer o ocasional, que parecendo que não, é o que é menos esporádico. O mundo completo para mim, já chega à conta de um país, e não há país que se baste, sem uma crise económica, que não seja provocada sem passar ao lado do natural emprego dessa nossa capacidade, também desejada, de valorizar as coisas num mercado. Esse agora é-nos apresentado a uma escala muito maior, e por isso mesmo, com um maior número de relações entre participantes e de informação trocada, mais uma vez, é preciso realçar que essa liberdade é fulcral pois cria redundâncias importantes, uma das razões deveras das pessoas se juntarem é para combaterem entre si os excessos. Quais excessos? - procuram abruptamente, cada um de nós, que acabou de ler a frase anterior. O excesso principal é acharmos que o comportamento de grupo que caracteriza a maioria da população, sirva para desculpar o individualismo serôdio da minoria, que também é bastante unida na altura de ludibriarem-se entre si, fazendo de conta, que têm um comportamento de bando diferente do da maioria do povo. Já todos estamos familiarizados com fórmulas da colonização, da dialéctica, mas há um outro excesso, que é traduzi-las, por carradas de palavras que dão más parábolas, pois no fim, tanta hegemonia vai dar na continua e permanente busca de ir além do povo, só que surge daí, uma bizarria de todos os tempos, uma permanente luta de ganhos simétricos, tudo para se realçarem entre si, permanecendo tudo na mesma, um esforço, diria inglório. Os excessos simbólicos, são o resultado dos excessos das pessoas, hoje fala-se de preços, de taxas de câmbios, e o que continuam a ser isso senão formas de impor dialécticas senhor-escravo, os países sem qualquer respeito pelos seres humanos, agradam a novos senhores, colocando trabalhadores contra trabalhadores, retirando dessa luta uma mais valia que irá sustentar até quem é pago para defender os trabalhadores do mundo desenvolvido, e como a todo absurdo nunca falta companhia, há ainda aqueles que dizem que os senhores estritamente financeiros estão a tirar da miséria os povos que nem dela teriam dado conta, se não os tivessem achado estes novos mercadores do tempo do telex, fax e do click da internet. Ontem explorámos pelo trabalho infantil ou pela poluição do ambiente, e cada vez mais ganhámos consciência que defendendo o contrário dessas situações, poderíamos sustentar os preços do bem adquirido, relativo a esses custos, pois é, um mínimo de decência, que dinheiro algum, por vontade de o ganhar, ao ritmo dos relógios será capaz jamais de ultrapassar o ritmo do mundo do desenvolvimento material mais avançado, que são as indústrias que a sério gastam dinheiro em investigação e desenvolvimento, deixando as coisas dos princípios, e muito bem, para os locais de culto para isso mesmo, que são as universidades.
        Já há tempo demais que sabemos o quanto devemos, de querermos pôr a nossa razão atrás de quem nos a hipoteca.

terça-feira, 24 de abril de 2012

"E dizei também ao sofrimento: passa, mas volta!"








 http://4.bp.blogspot.com/-eInSUhaka1A/TkrKmduCusI/AAAAAAAAUkk/UAYF6jaTkZ0/s400/Donos%2Bde%2BPortugal.jpg 
"No período feudal, o casamento entre casas aristocráticas comportava uma operação territorial: a Casa de Habsburgo, por exemplo, tornou-se notória pela capacidade de aumentar seu patrimônio através de hábeis negociações matrimoniais. Dizia-se que, enquanto as outras nações se expandiam pela guerra, tu, felix Austria, nube... "


sexta-feira, 9 de março de 2012

Definição de Salário

A ausência de uma pessoa notada no domicílio do descanso, por motivos de grande urgência, que se traduza em sair de casa, a correr contra o tempo, que é aquela coisa que perdido jamais se encontra, porque não tem nome, nem tem ninguém com que jogar às escondidas.
"...vamos ocupar o tempo" é uma expressão comum de quem observa o tempo seu e o dos outros como inútil e desafogado, no caso de possuir provisões, preparam-se estratagemas e percorrem-se todas as medidas do continuar a procurar em todas as divisões escapadas dos perigos, que é negar o universo como o próprio lar, a verdadeira morada última.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Os imperscrutáveis segredos do Jogo




Jim Collins on the Writing Process

When I first embarked on a career that required writing, I devoured dozens of books about the process of writing. I soon realized that each writer has weird tricks and idiosyncratic methods. Some wrote late at night, in the tranquil bubble of solitude created by a sleeping world, while others preferred first morning light. Some cranked out three pages a day, workmanlike, whereas others worked in extended bursts followed by catatonic exhaustion. Some preferred the monastic discipline of facing cinder-block walls, while others preferred soaring views.

I quickly learned that I had to discover my own methods. Most useful, I realized that I have different brains at different times of day. In the morning, I have a creative brain; in the evening, I have a critical brain. If I try to edit in the morning, I’m too creative, and if I try to create in the evening, I’m too critical. So, I go at writing like a two piston machine: create in the morning, edit in the evening, create in the morning, edit in the evening…

Yet all writers seem to agree on one point: writing well is desperately difficult, and it never gets easier. It’s like running: if you push your limits, you can become a faster runner, but you will always suffer. In nonfiction, writing is thinking; if I can’t make the words work, that means I don’t know yet what I think. Sometimes after toiling in a quagmire for dozens (or hundreds) of hours I throw the whole effort into the wastebasket and start with a blank page. When I sheepishly shared this wastebasket strategy with the great management writer Peter Drucker, he made me feel much better when he exclaimed, “Ah, that is immense progress!”

The final months of completing Great by Choice required seven days a week effort, with numerous all-nighters. I had naively hoped after writing Good to Great that perhaps I had learned enough about writing that this work might not require descending deep into the dark cave of despair. Alas, the cave of darkness is the only path to producing the best work; there is no easy path, no shorter path, no path of less suffering. Winston Churchill once said that writing a book goes through five phases. In phase one, it is a novelty or a toy; by phase five, it is a tyrant ruling your life, and just as you are about to be reconciled to your servitude, you kill the monster and fling him to the public. And so, exiting the caving blinking in the sunlight, we’ve killed the monster and hereby fling. We love this book, and have great passion about sharing it with the world—making all the suffering worthwhile.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A BABEL



http://www.ptable.com/?lang=pt




In a branch of physical chemistry known as exploratory synthesis, chemists try mixing selected elements together at different temperatures and pressures to see what comes out. About a decade ago, one of the hundreds of compounds discovered this way—a mixture of copper, yttrium, barium, and oxygen—was found to be a superconductor at temperatures far higher than anyone had previously thought possible. This discovery may ultimately have far-reaching implications for the storage and transmission of electrical energy.

To get some sense of how much scope there is for more such discoveries, we can calculate as follows. The periodic table contains about a hundred different types of atoms, which means that the number of combinations made up of four different elements is about 100 × 99 × 98 × 97 = 94,000,000. A list of numbers like 6, 2, 1, 7 can represent the proportions for using the four elements in a recipe. To keep things simple, assume that the numbers in the list must lie between 1 and 10, that no fractions are allowed, and that the smallest number must always be 1. Then there are about 3,500 different sets of proportions for each choice of four elements, and 3,500 × 94,000,000 (or 330,000,000,000) different recipes in total. If laboratories around the world evaluated one thousand recipes each day, it would take nearly a million years to go through them all. (If you like these combinatorial calculations, try to figure out how many different coffee drinks it is possible to order at your local shop. Instead of moving around stacks of cup lids, baristas now spend their time tailoring drinks to individual palates.)